TECNOLOGIA

A Comissão Federal de Comércio dos EUA intensificará sua luta contra reviews pagos

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) quer endurecer as regras e diretrizes sobre publicidade para blogueiros e proprietários de mídia social para proibir a postagem de comentários falsos, ou ainda, os comentários positivos falsos.

O regulador acredita que “muitas vezes são criadas relações de confiança entre blogueiros e seu público sem regras e responsabilidades claras. O espectador se torna um alvo fácil para engano e exploração com fins lucrativos.” 

Samuel Levin, diretor do Bureau of Consumer Protection da FTC, observou que a FTC já atualizou as diretrizes “para combater avaliações falsas e outras formas de marketing enganoso”: Sejam críticas falsas ou rostos famosos escondendo que foram pagos para postar. Esse tipo de engano leva as pessoas a pagar mais por produtos e serviços ruins e prejudica a concorrência leal.

A FTC também observou que a publicidade direcionada às crianças é uma preocupação particular e que as crianças são mais receptivas à publicidade do que os adultos. Nesse sentido, uma nova seção será adicionada às diretrizes atualizadas, alertando sobre a inadmissibilidade da publicação de publicidade oculta destinada a crianças.

A FTC já lidou com críticas positivas falsas nas mídias sociais e em outros lugares antes. No entanto, as regras atualizadas implicam uma abordagem mais dura. A FTC agora investigará casos em que marcas manipularam avaliações ou blogueiros que não divulgaram seu relacionamento com empresas.

Veja bem: há centenas de criadores de conteúdo que recebem dispositivos para testes, sejam eles apenas para avaliação ou a título de “doação”. Alguns Youtubers por exemplo, fazem vídeos dizendo que não são “vendidos” ou “comprados”, mas verdade seja dita: não há avaliação ruim de um produto que foi ganhado. (Ou será que eles realmente compram todos os produtos que são avaliados nos vídeos com recursos próprios? Fica a dúvida…)

Essa mudança no Brasil é tido como bem vinda, resta saber qual órgão será o responsável por regular esse tipo de publicidade e, inclusive, se os publishers irão revelar o valor recebido das empresas pelas avaliações.

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