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Documentos vazados sugerem que a Apple poderia facilitar o “Direito de Reparo”

De acordo com documentos vazados, a Apple está se opondo fortemente a legislação americana de “Direito de Reparo”.

As informações descobertas mostram como a Apple poderia facilitar o cumprimento das regras propostas pelo governo dos EUA.

O programa secreto de reparação das peças genuínas da Apple só está disponível para algumas empresas selecionadas, as quais oferecem peças originais e certificadas pela Apple, além de treinamento e ferramentas exclusivas – Exatamente o que as leis do “Direito de Reparo” exigem para todos os consumidores, só que de forma restrita.

As empresas como a Apple e a Microsoft tem se mobilizado contra o “Direito de Reparo” alegando que os “maus usuários” utilizarão as leis para danificar de forma intencional os dispositivos e para acionar a garantia.

Ao mesmo tempo, a Apple aparentemente começou a disponibilizar peças e informações para selecionar empresas como a Califórnia Mobiles e a AA Mac no Reino Unido para realiza alguns serviços mais restritos.

Os documentos vazados foram mostrados para o CEO da iFixit, Kyle Wiens, o qual disse que aparentemente existe um “sistema paralelo para o cumprimento do direito de reparo”.

O objetivo do “direito de reparo” é garantir na lei, que empresas grandes de tecnologia como Apple, Samsung e Microsoft não monopolizem a assistência para os seus dispositivos.

Nos termos da legislação, as empresas teriam que disponibilizar peças de restituição para a aquisição de todas as assistências interessadas em oferecer os serviços de reparos ao público em geral.

O que resultaria, inclusive, em ter que facilitar o diagnóstico de software mais acessível para identificação determinadas falhas, o que inviabiliza certos tipos de reparos.

Quando uma empresa como a Apple consegue restringir as peças e a documentação, o resultado é um tempo maior de espera pelos serviços além de valores mais salgados para os consumidores.

“A autenticação de software às vezes impede que técnicos prestadores de serviços não consigam realizar alguns serviços em um dispositivo danificado”, ressaltou Kyle.

O que torna as pessoas mais propensas a jogar um telefone antigo ou um computador no lixo quando os reparos são muito caros ou complicados de serem realizados, sem contar na escassez de peças.

O novo programa de reparação de peças genuínas da Apple que foi vazado é diferente do programa de prestação de serviços autorizado.

Este último está disponível há vários anos, mas só permite aos terceiros realizar certos tipos de reparos, como por exemplo a troca de telas e baterias.

Os serviços mais complexos exigem que os consumidores se dirijam a uma loja Apple.

A existência do Apple Genuine Parts Repair Program parece revelar os planos da Apple que vão contra as leis de direito de reparo.

Ninguém estaria comprometendo a segurança dos produtos Apple apenas por realizar serviços mais rápidos e mais baratos do que ela própria.

Kyle acredita que a Apple está “matando a legislação vigente” e que com os documentos vazados, os defensores do “direito de reparo” podem ter uma nova arma nas mãos.

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